1 de setembro de 2011

Tudo passa



Não sou capaz de lembrar quantas vezes eu disse que não amaria mais. Nem sei mesmo se amei todas as vezes 

que disse que amei. Sei que sofri terrivelmente em cada término, como se aqueles fossem os últimos momentos da minha vida. Eu esbravejei e me senti o ser humano mais azarado que já viveu neste planeta, chorei horas trancada no quarto enquanto me perguntava: “Porque ela? Porque não eu? Porque não eu? Porque não eu? Porque nunca eu?”. Mas é uma delicia saber que passa, sempre passa. Não passou ainda, mas vai passar.  Por isso eu amo, e me perco, e me acho, e ressuscito mil vezes com a alegria de quem viveu apenas uma vez.